OS BAILES TRADICIONAIS
O POVO QUE TRABALHA E QUE REZA, POVO QUE AMA, QUE FOLGA E SE DIVERTE, APÓS GARANTIR O SUSTENTO , APÓS ORAR E AGRADECER À DIVINDADE, O RURAL DÁ LARGAS AO SEU LUDISMO EXPANDE OS SEUS IMPULSOS AMOROSOS, ENTREGA-SE À DIVERSÃO E Á FOLIA . REFIRO AGORA JÁ NÃO Á FESTA INSTITUCIONAL, QUASE SEMPRE RELIGIOSA, MAS FUNDAMENTALMENTE À DIVERSÃO DO DIA A DIA, DOS PEQUENOS ACONTECIMENTOS LOCAIS PARTICULARMENTE AOS BAILES A ÁS DANÇAS POPULARES. ESTE TIPO DE BAILE ACORRE HABITUALMENTE TAMBÉM NAS ROMARIAS, MAS O FENÓMENO, POR SER MAIS VASTO , JUSTIFICA UM TRATAMENTO ESPECIAL.
ASSUMINDO ATÉ CERTO PONTO UMA FUNÇÃO DE ESCAPE AO QUOTIDIANO DA ALDEIA <> OU <> TEM, NO ENTANTO COMO OBJECTIVO ESSENCIAL, A APROXIMAÇÃO ENTRE OS DOIS SEXOS, E É POR ISSO, MOMENTO APETECIDO PELA MOCIDADE, DESDE SEMPRE, ALIÁS, ASSIM FOI E, EXCEPTUANDO AS DANÇAS RITUAIS, TODAS AS DANÇAS POPULARES TIVERAM E TÊM ESSA FINALIDADE. FUNÇÃO, DE RESTO SOCIALMENTE NAS COMUNIDADES RURAIS MUITO FECHADAS E POUCO PERMISSIVAS, ONDE A PRESSÃO SE FAZIA SENTIR, ATÉ HÁ POUCOS ANOS, COM ACENTUADO RIGOR.
ASSIM , ATÉ HÁ POUCO TEMPO, TODAS AS OCASIÕES ERAM APROVEITADAS PELA MOCIDADE PARA ARMAR A BAILAÇÃO : AS FESTAS E OS CÍRIOS EM PRIMEIRO LUGAR; DEPOIS OS CASAMENTOS, AS SORTES, AS FEIRAS E MERCADOS, AS DESCAMISADAS DO MILHO, AS ADIAFAS DA AZEITONA OU DA VINDIMA, OS SANTOS POPULARES, O ENTRUDO , POR FIM FLUIR CORRENTE DA VIDA, AOS DOMINGOS E DIAS SANTOS.
OS BAILES RURAIS, NA SUA FORMA TRADICIONAL, DEIXARAM JÁ DE EXISTIR O DIA PRÓPRIO ERA AO DOMINGO PROLONGANDO-SE ÁS VEZES PARA A NOITE. OS <> ERA CONHECIDO PELA CASA DA BRINCADÊRA, DIZIA-SE , CONFORME A ÉPOCA DO ANO , <> , OU VAMOS AO <> ,
POR FIM , NOS DIAS <> ( DIAS SANTOS : DIA DE NATAL, DE PÁSCOA, DE DEUS, ETC. ) FAZIA-SE O MESMO QUE NOS DOMINGOS: BAILE Á TARDE. SÓ DURANTE A QUARESMA É QUE NÃO SE DANÇAVA, POIS O RECOLHIMENTO RELIGIOSO EXIGIDO NESSA ALTURA OBRIGAVA À ABSTENÇÃO DE CANTOS PROFANOS E DE DANÇAS.
DEPOIS , AGRADECER Á DIVINDADE AS COLHEITAS CONSEGUIDAS E IMPETRAR-LHE PROTECÇÃO PARA O FUTURO; POR FIM , NAMORAR, AMAR, BAILAR E DIVERTIR-SE. A CADA UM DESTES ASPECTOS DA VIDA RURAL CABE UM TIPO DE MÚSICA, POIS AO POVO TUDO SERVE PARA CANTAR E FAZER MÚSICA . E ASSIM NASCEU O AFORISMO, QUE RESUME A VIVÊNCIA MUSICAL DO NOSSO POVO.
A CANTAR SE TRABALHA
A CANTAR DE ORA
A CANTAR SE AMA
PARA CADA UM DESTES ASPECTOS DA VIDA RURAL, ESCOLHO UM EXEMPLO MUSICAL. PARA O TRABALHO, SELECIONO UM ABOIO, CANTO DE INCITAMENTO AOS BOIS QUE LAVRAM A TERRA, QUE É DOS GÉNEROS MUSICAIS MAIS PRIMITIVOS. PARA A RELIGIOSIDADE POPULAR, ESCOLHO O CARACTERÍSTICO CANTAR DAS LOAS DOS CÍRIOS ESTREMENHOS. PARA O DIVERTIMENTO E O AMOR, UM VELHO TOCADOR DE HARMÓNIO INTERPRETANDO DANÇAS POPULARES DA TRADIÇÃO ESTREMENHA, COMO O FANDANGO, O VERDE-GAIO , A CONTRADANÇA OU A VALSA A DOIS PASSOS. OUVIR ESTES TOQUES E CANTARES LEVA-NOS A MERGULHAR NAS MAIS PROFUNDAS RAÍZES MUSICAIS DO NOSSO POVO, A ESCUTAR ECOS SECULARES DA VOZ E DA ALMA PORTUGUESA.
O POVO QUE TRABALHA E QUE REZA, POVO QUE AMA, QUE FOLGA E SE DIVERTE, APÓS GARANTIR O SUSTENTO , APÓS ORAR E AGRADECER À DIVINDADE, O RURAL DÁ LARGAS AO SEU LUDISMO EXPANDE OS SEUS IMPULSOS AMOROSOS, ENTREGA-SE À DIVERSÃO E Á FOLIA . REFIRO AGORA JÁ NÃO Á FESTA INSTITUCIONAL, QUASE SEMPRE RELIGIOSA, MAS FUNDAMENTALMENTE À DIVERSÃO DO DIA A DIA, DOS PEQUENOS ACONTECIMENTOS LOCAIS PARTICULARMENTE AOS BAILES A ÁS DANÇAS POPULARES. ESTE TIPO DE BAILE ACORRE HABITUALMENTE TAMBÉM NAS ROMARIAS, MAS O FENÓMENO, POR SER MAIS VASTO , JUSTIFICA UM TRATAMENTO ESPECIAL.
ASSUMINDO ATÉ CERTO PONTO UMA FUNÇÃO DE ESCAPE AO QUOTIDIANO DA ALDEIA <> OU <> TEM, NO ENTANTO COMO OBJECTIVO ESSENCIAL, A APROXIMAÇÃO ENTRE OS DOIS SEXOS, E É POR ISSO, MOMENTO APETECIDO PELA MOCIDADE, DESDE SEMPRE, ALIÁS, ASSIM FOI E, EXCEPTUANDO AS DANÇAS RITUAIS, TODAS AS DANÇAS POPULARES TIVERAM E TÊM ESSA FINALIDADE. FUNÇÃO, DE RESTO SOCIALMENTE NAS COMUNIDADES RURAIS MUITO FECHADAS E POUCO PERMISSIVAS, ONDE A PRESSÃO SE FAZIA SENTIR, ATÉ HÁ POUCOS ANOS, COM ACENTUADO RIGOR.
ASSIM , ATÉ HÁ POUCO TEMPO, TODAS AS OCASIÕES ERAM APROVEITADAS PELA MOCIDADE PARA ARMAR A BAILAÇÃO : AS FESTAS E OS CÍRIOS EM PRIMEIRO LUGAR; DEPOIS OS CASAMENTOS, AS SORTES, AS FEIRAS E MERCADOS, AS DESCAMISADAS DO MILHO, AS ADIAFAS DA AZEITONA OU DA VINDIMA, OS SANTOS POPULARES, O ENTRUDO , POR FIM FLUIR CORRENTE DA VIDA, AOS DOMINGOS E DIAS SANTOS.
OS BAILES RURAIS, NA SUA FORMA TRADICIONAL, DEIXARAM JÁ DE EXISTIR O DIA PRÓPRIO ERA AO DOMINGO PROLONGANDO-SE ÁS VEZES PARA A NOITE. OS <> ERA CONHECIDO PELA CASA DA BRINCADÊRA, DIZIA-SE , CONFORME A ÉPOCA DO ANO , <> , OU VAMOS AO <> ,
POR FIM , NOS DIAS <> ( DIAS SANTOS : DIA DE NATAL, DE PÁSCOA, DE DEUS, ETC. ) FAZIA-SE O MESMO QUE NOS DOMINGOS: BAILE Á TARDE. SÓ DURANTE A QUARESMA É QUE NÃO SE DANÇAVA, POIS O RECOLHIMENTO RELIGIOSO EXIGIDO NESSA ALTURA OBRIGAVA À ABSTENÇÃO DE CANTOS PROFANOS E DE DANÇAS.
DEPOIS , AGRADECER Á DIVINDADE AS COLHEITAS CONSEGUIDAS E IMPETRAR-LHE PROTECÇÃO PARA O FUTURO; POR FIM , NAMORAR, AMAR, BAILAR E DIVERTIR-SE. A CADA UM DESTES ASPECTOS DA VIDA RURAL CABE UM TIPO DE MÚSICA, POIS AO POVO TUDO SERVE PARA CANTAR E FAZER MÚSICA . E ASSIM NASCEU O AFORISMO, QUE RESUME A VIVÊNCIA MUSICAL DO NOSSO POVO.
A CANTAR SE TRABALHA
A CANTAR DE ORA
A CANTAR SE AMA
PARA CADA UM DESTES ASPECTOS DA VIDA RURAL, ESCOLHO UM EXEMPLO MUSICAL. PARA O TRABALHO, SELECIONO UM ABOIO, CANTO DE INCITAMENTO AOS BOIS QUE LAVRAM A TERRA, QUE É DOS GÉNEROS MUSICAIS MAIS PRIMITIVOS. PARA A RELIGIOSIDADE POPULAR, ESCOLHO O CARACTERÍSTICO CANTAR DAS LOAS DOS CÍRIOS ESTREMENHOS. PARA O DIVERTIMENTO E O AMOR, UM VELHO TOCADOR DE HARMÓNIO INTERPRETANDO DANÇAS POPULARES DA TRADIÇÃO ESTREMENHA, COMO O FANDANGO, O VERDE-GAIO , A CONTRADANÇA OU A VALSA A DOIS PASSOS. OUVIR ESTES TOQUES E CANTARES LEVA-NOS A MERGULHAR NAS MAIS PROFUNDAS RAÍZES MUSICAIS DO NOSSO POVO, A ESCUTAR ECOS SECULARES DA VOZ E DA ALMA PORTUGUESA.
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