CINTRASEUPOVO

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A ETNOGRAFIA E AS FORMAS DE RECONSTITUIÇÃO DAS TRADIÇÕES

No folclore Português o rancho folclorico as Macanitas de Torcena em Oeiras é o único que ostenta o trajo de polvorista onde o vimos com o seu canéco que carregava a polvora dentro da fábrica da polvora de Barcarena ao lado encontra-se o ferra bestas era o homem que ferrava os animais .
Os saloios no mercado onde trocavam conversas e bebiam um copo para acalmar a alma

O saloio enquanto o seu gado pastava ele entretia-se com a sua flauta de cana a maioria feita pelo próprio.

Desde os começos do século x1x, a formação de ranchos folclóricos foi nas sociedades europeias e norte americanas a forma preferida de representar as tradições de uma vivência social que desaparecia com o avanço da sociedade industrial moderna e o aumento da mobilidade das populações.

Divagações sobre a sua evolução, ( folclore ). Pretendendo-se preservar as tradições populares nas suas mais diversas manifestações culturais e artísticas, mormente a música, a dança, o trajo, as lendas e provérbios, normal seria que para designar o seu estudo, inventariação e divulgação se recorresse a termos originais da própria lingua nacional e não, como é o caso, a uma importação ou empréstimo linguístico.
Em geral, todos os grupos folclóricos afirmam representar os usos e costumes das gentes da sua terra ou região, a um tempo que remonta aos finais do século x1x. Porém , na realidade, poucos o fazem, sucedendo que a sua maioria inclui elementos temporalmente mais próximo de nós, nomeadamente no traje e modas.

As formas de trajar sempre tiveram uma importância vital na identificação social, cultural e profissional dos povos . Antes de se chegar á " standartização " dos nossos dias, em que quase toda a gente veste o mesmo tipo de roupa, existia a possibilidade de se conhecerem inúmeras características de uma pessoa pelo trajo que envergava. Hoje em dia, embora essa possibilidade ainda se verifique em algumas situações, é muito mais dificil de se conseguir.
Nas classes mais endiheiradas havia grandes preocupações quanto á riqueza das roupas.
As várias modas que foram surgindo ao longo dos tempos, com maior ou menor ostentação e riqueza. Mais ou menos vistosas, espelhavam, sobretudo nas classes altas, a própria evolução social e cultural. E sublinhavam também a maior ( ou menor ) abastança dos próprios paìses. Por outro lado, há que levar em linha de conta a protecção do corpo contra as alterações climatéricas e ambientais. Terá sido mesmo essa a primeira preocupação do homem quando começou a cobrir o corpo.
As várias alterações estéticas que os homens impuseram nas suas formas de trajar, essas sim, variavam já consoante a sua própria cultura, o que influenciava os gostos e os costumes.
Ressalta pois que da preocupação puramente protectora, o vestuário foi assumindo carácter de diferenciação social e económica e, obrigatóriamente, cultural.
Em Portugal não se pode afirmar que tenha havido grandes diferenças em relação aos restantes paíes da europa.
Contudo há ( e houve ) aspectos identificadores de cada país e dentro deste de cada região. Outra vez a cultura e o clima de maõs dadas na definição de modas, costumes e hábitos de trajar.
Na zona da capital Portuguesa, os " campónios " têm uma denominação própria, são os saloios e podemos afirmar que foi possivel, durante muitos anos, destinguir um saloio ( rural ) de um citadino , através da roupa que envergava, não é, decerto, o único traço distintivo destas gentes, mas é, obviamente, aquela que primeiro se nota, sem se poder, destinguir um trajo própriamente saloio, é , no entanto, possivel afirmar um conjunto de características que definem a roupa que o saloio mais comumente enverga, que a chamada domingueira ou a outra que usa diariamente na sua labuta camponesa.
Muito mais há para falar sobre a maneira de trajar de um saloio , mas fica para outra altura.

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