CINTRASEUPOVO

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TROPOS POPULARES

TROPOS OU MODISMOS POPULARES E ANEXINS

VER-SE EM CAMISAS DE ONZE VARAS

É COMO CÃO E O GATO

CONTENTE COM AS PÁSCOAS

ENFEITAR-SE COM AS PENAS DO PAVÃO

LEVAR A CRUZ AO CALVÁRIO

PREGAR AOS PEIXINHOS

JOGAR COM PAU DE DOIS BICOS

DAR-LHE ÁGUA PELA BARBA

PESCAR NAS ÁGUAS TURVAS

REMAR CONTRA A MARÉ

IR POR ÁGUA ABAIXO

MALHAR EM FERRO FRIO

NÃO VER TOCA A ONDE SAIR COELHO

LEVAR A ÁGUA AO SEU MOINHO

PUXAR A BRASA Á SUA SARDINHA

TIRAR NABOS DO PÚCARO SEM SE ESCALDAR

LEVAR COM PRATOS NA CARA









AQUI TORCE A PORCA O RABO

METER AGULHAS POR ALFINETES

UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA


METER O RABO ENTRE AS PERNAS

DAR COM A LÍNGUA NOS DENTES

AS PAREDES TEM OUVIDOS

SABER O NOME AOS BOIS

TER CABELOS NO CORAÇÃO

TER LUME NO OLHO

APANHAR A TALHO DE FOICE

SEM METER PREGO NEM ESTOPA

NÃO PREGAR PREGO SEM ESTOPA


POR TUDO EM PRATOS LIMPOS

FAZER CRUZES NA BOCA

FICAR EM MAUS LENÇOIS

DAR-LHE TERRA PARA FEIJÕES

DAR A MÃO Á PALMATÓRIA

ASSENTAR DE PEDRA E CAL


POR O SAL NA MOLEIRA

ANDAR O CARRO ADIANTE DOS BOIS

ANDAR DE CANDEIA ÁS AVESSASANDAR COMO GATO POR BRASAS

NÃO TER ONDE CAIR MORTO

FICAR SEM PINGA DE SANGUE

FALAR QUE NEM UM PAPAGAIO

UM NO PAPO OUTRO NO SACO

POR DÁ CÁ AQUELA PALHA

COMER O ISCO E MIJAR NO ANZOL

METER A VIOLA NO SACO

AFOGAR-SE EM POUCA ÁGUA

FERVER EM POUCA ÁGUA

DAR-LHE UMA VERDE COM DUASMADURAS

PILHAR COM A BOCA NA BOTIJA

DAR AO DIABO A CARTADA

NÃO CAIR EM CESTO ROTO

DAR-LHE O PÉ E TOMA LOGO A MÃO

ASSOBIAR ÁS BOTAS

MOSQUITOS POR CORDAS

ÁGUA NA BOCA

MOLHAR A SOPA

SEM CUNHOS NEM CRUZES

NABOS EM SACOS

MAIS OLHOS DO QUE BARRIGA
COMER COM OS OLHOS
DE FACA E CALHAU

RUIM DE ASSOAR

CULPAS NO CARTÓRIO

RASPAR BAETAS

SANGRAR-SE EM SAÚDE

LAMBER O BEIÇO


UNHA NA PALMA

UNHA E CARNE

CABELO NA VENTA

A SOPA NO MEL

A VER NAVIOS

LEVAR À PAREDE

COM PÉS DE LÃ

JUSTIÇA DE MOURO

CALDO ENTORNADO

DENTE DE COELHO

ENTRADA COIMBRÃ

SUAR O TOPETE

METER FERRO

NARIZ TORCIDO

CARA À BANDA

GATO POR LEBRE

MATAR O BICHO

ARDE COMO A ISCA

CLARO COMO A ÁGUA

DOCE COMO O MEL

FALAR COMO UM LIVRO

FOGE COMO O DIABO

VER BRAGA POR UM CANUDO

ATIRA-SE COMO GATO A BOFES

CHORA COMO UMA MADALENA

COMO PEDRADA EM OLHO DE TORTO

DIZ MAIS PRAGAS QUE UM ARRIEIRO

ESCURO COMO A NOITE DOS TROVÕES

METER-SE COMO PIOLHO POR UMA COSTURA

PASSAR COMO CÃO POR VINHA VINDIMADA

HÁ DE TUDO COMO NA FARMÁCIA

TEM SETE FOLEGOS COMO OS GATOS

VERMELHO COMO UM TOMATE

HÁ DE TUDO COMO NA BOTICA

CEGO COMO A TOUPEIRA

EM PAPAS DE ARANHA

ALTA COMO UM PINHEIRO

AMARELO COMO A CERA
CORRE COMO UMA LEBRE

DIREITO COMO UM FUSO

GRANDE COMO O MAR

LEVE COMO UMA PENA

LINDO COMO O SOL

MAIS BRANCO QUE A NEVE

MAIS FIEL QUE O CÃO

NEGRO COMO O TIÇÃO

NEGRO COMO UM CHAPÉU

PESADO COMO CHUMBO

SÃO QUE NEM UM PÊRO

MAIS VALE TARDE QUE NUNCA

Ó TUDO OU NADA

QUEM TUDO QUER TUDO PERDE

AMOR COM AMOR SE PAGA

TORTO QUE NEM UM GARROCHO

PAU MANDADO

SE DEUS QUIZER

PARECE UM BURRO DE CARGA

QUEM TEM CALOS NÃO SE METE EM APERTOS

QUEM FICA A GANHAR É O MANETA

SÓ DEUS SABE

ÉS UM CABEÇA DE VENTO

NADAS COMO UM PREGO

ESPERA CANSADO QUE DE PÉ CANSAS-TE

QUEM MANDA NA CAPOEIRA É O GALO

EM CASA DE GALO GALINHA NÃO CANTA

É MAIS VELHO QUE O MEU AVÔ

O QUE TU SABES JÁ ME A MIM ESQUECEU

Das comparações populares umas derivam de velhos mitos,mas já na forma de lendas, outros desenvolveram-se em contos.
ARRASTINHO COMO A COBRA
O DIABO QUE VENDEU A SOGRA
MAIS PERDIDO QUE A VERGONHA
VELHO COMO A SERPE, COMO A MÃE DE S.PEDRO
DI-LO A OUTRA
SE ACERTA NUMA COISA ERRA NA OUTRA
UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA
OU GENTE OU FAZENDA
QUEM NÃO MENTE NÃO VEM DE BOA GENTE
NÃO É DA FORMA DO MEU PÉ
QUEM NÃO SENTE NÃO É FILHA DE BOA GENTE
METER O PÉ NO MEIO ALQUEIRE
DESTE PÃO NÃO COMEREI
DESTA ÁGUA NÃO BEBEREI
PÔR A CARECA Á MOSTRA
QUEM ESPERA POR SAPATOS DE DEFUNTO FICA DESCALÇO
TINHA DE SER
O QUE TEM DE SER TEM MUITA FORÇA
NINGUÉM PODE FUGIR Á SUA SORTE
ROMA E PAVIA NÃO SE FIZERAM NUM DIA
QUEM DÁ E TIRA AO INFERNO VAI PARAR
ESTAVA GUARDADO PARA MIM
DEUS TE PAGUE
DEUS TE GUIE
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO DÁ ATÉ QUE FURA
Este fatalismo dos povos peninsulares era atribuído ao elemento étnico dos árabes; é porém uma característica da raça céltica,diz Smith, na história dos druítas.
À mesma região geográfica deve atribuir-se a similaridade dos anexins meteorológicos e agricolas como á unidade católica os adágios comuns relativos ás festas do calendário popular.
Ditos:







ARCO DA VELHA POR ÁGUA ESPERA
ONDE QUINTA AHI TRINTA SE AO SEPTIMO NÃO DESPINTA
JANEIRO GEOSO,FEVEREIRO NEVOSO,MARÇO MOLINHOSO, ABRIL CHUVOSO, MAIO VENTOSO FAZEM O ANO FORMOSO
EM JANEIRO PÕE-TE NO OUTEIRO, SE VIERES VERDEAR PÕE-TE A ARAR E SE VIRES TERREAR PÕE-TE A CANTAR
FEVEREIRO COXO, EM SEUS DIAS VINTE OITO, LÁ VEM FEVEREIRO QUE LEVA OVELHA E O CARNEIRO







ABRIL ÁGUAS MIL,COADAS POR UM FUNIL
DIA DE S.MARTINHO VAI Á ADEGA E PROVA O VINHO
PÔR NATAL AO JOGO E PÔR A PÁSCOA A FOGO
CASA QUANTAS MORES, TERRA QUANTA VEJAS
DÁ DEUS O FRIO CONSOANTE A ROUPA
QUNDO DEUS NÃO QUER, SANTOS NÃO ROGAM
O NEGOCIANTE E O PORCO SÓ DEPOIS DE MORTO
DURA COM DURA NÃO FAZ BOM MURO

Estes foram alguns tropos pitorescos, que designava honras indevidamente apropriadas, para significar que alguém está contente é natural esta comparação entre povos católicos, para exprimirrelações de antipatia entre duas pessoas, esta expressão correspondeu em algum tempo á realidade da situação em que se vestia uma alva até aos pés em forma de saco ao que caminhava para o suplicio.

DÁ DEUS NOZES A QUEM NÃO TEM DENTES
QUEM MUITO DORME POUCO APRENDE
O QUE TORTO NASCE TARDE OU NUNCA SE ENDIREITA
BAGUINHO A BAGUINHO ENCHE A GALINHA O PAPINHO
QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO
GATO POR LEBRE
OVELHA QUE BERRA BOCADO QUE PERDE
QUE QUER VAI, QUEM NÃO QUER MANDA







A CAVALO DADO NÃO SE OLHA O DENTE
CARRO DO ARMANDO UM BOCADO A PÉ OUTRO BOCADO ANDANDO
EM CASA DE GALO GALINHA NÃO CANTA
MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO QUE DOIS A VOAR
A BODAS E BAPTIZADOS SÓ VÃO OS CONVIDADOS
VAM-SE OS DEDOS FICAM-SE OS ANEIS
A GALINHA DA VIZINHA É SEMPRE MELHOR QUE A MINHA
A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA
OCASIÃO FAZ O LADRÃO
A NÚVEM PASSA A CHUVA FICA
A PALAVRA É DE PRATA E O SILÊNCIO É DE OURO
DEPRESSA E BEM NÃO HÁ QUEM
QUEM MUITO QUER SABER NADA SE LHE DIZ
À PRIMEIRA TODOS CAIEM À SEGUNDA SÓ CAI QUEM QUER
A UNIÃO FAZ A FORÇA
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
APANHA-SE MAIS DEPRESSA UM MENTIROSO QUE UM COXO
ÁGUAS PASSADAS NÃO MOVEM MOINHOS
ALBARDA-SE O BURRO Á VONTADE DE SEU DONO
QUEM NÃO QUER SER LOBO NÃO LHE VESTE A PELE
AMIGO VERDADEIRO VALE MAIS QUE DINHEIRO
AMIGOS AMIGOS NEGÓCIOS Á PARTE
AMOR COM AMOR SE PAGA
ANTES QUE TE CASES VÊ O QUE FAZES
AO MENINO E AO BORRACHO PÕE DEUS A MÃO POR BAIXO
AO RICO NÃO DEVAS AO POBRE NÃO PEÇAS
AS OBRAS FALAM AS PALAVRAS CALAM
ATÉ AO LAVAR DOS CESTOS É A VINDIMA









PARA TRÁZ MIJA A BURRA
PALAVRAS LEVA-AS O VENTOPARA BOM ENTENDEDOR MEIA PALAVRA BASTA
PALAVRAS LOUCAS ORELHAS MOUCAS
PATRÃO FORA DIA SANTO NA LOJA
PEIXE NÃO PUXA CARROÇA
PELAS COSTAS DOS OUTROS VEJO AS MINHAS
PELA BOCA MORRE O PEIXE
POR MORRER UMA ANDORINHA NÃO ACABA A PRIMAVERA
PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA CADA UM TOMA A QUE QUER
ZANGAM-SE AS COMADRES DESCOBREM-SE AS VERDADES
VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU








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