CINTRASEUPOVO

segunda-feira, 18 de abril de 2011

MUSICAS SALOIAS


APRESENTO VÁRIAS MÚSICAS TRADICIONAIS, MUITAS DELAS POSSIVEL DE ENCONTRAR UM POUCO POR TODO O PAÍS E QUE MUITAS VEZES SÃO, ERRADAMENTE, ASSOCIADAS EXCLUSIVAMENTE DE ALGUMAS REGIÕES, A REGIÃO DA ESTREMADURA NÃO É EXEÇÃO QUANTO A ISSO, HAVENDO MEMÓRIA DE MÚSICAS E CANTIGAS, POSSIVEIS DE ENCONTRAR EM OUTRAS REGIÕES DE PORTUGAL.
AS MÚSICAS E DANÇAS FORAM ENSINADAS AOS MAIS NOVOS, PASSANDO ASSIM DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO. E TAMBÉM PESSOAS QUE MIGRAVAM PARA ESTA REGIÃO TROUXERAM MUITAS MUSICAS E DANÇAS DE OUTRAS TERRAS ASSIM COMO A DESTA REGIÃO FORAM PARA OUTRAS REGIÕES DO PAÍS E LEVARAM MÚSICAS E DANÇAS .
VOU DEIXAR ALGUMAS MÚSICAS NA PAUTA E ALGUMAS EXPLICAÇÕES SOBRE AS MESMAS.
O NOME DESTA PEÇA APRESENTA VARIANTES, SEGUNDO OS RANCHOS DE CUJO REPERTÓRIO FAÇA PARTE, É, COM CERTEZA, UMA MÚSICA DE ORIGEM PALACIANA E DEVE TER SIDO ( ADOPTADA ) PELOS SERVIÇAIS DA ZONA SALOIA.
CHAMAM-LHE  « passo a quatro » , « pace-cate » OU  «passo de catre » , NÃO É A GERAL COREOGRAFIA DESTA DANÇA. NÃO SERIA INVIÁVEL QUE A DENOMINAÇÃO POSSA DERIVAR DE SER TOCADA ORIGINALMENTE POR UM CRAVO OU INSTRUMENTO DE DEDILHAÇÃO ( pizzicato ) , PALHETA OU PLECTRO, DOS VÁRIOS EXISTENTES NA ÉPOCA E ANTES DAS CONCERTINAS. EM PIZICATO, A SÍLABA TÓNICA ASSIMILA OS DOIS IS ÁTONOS ANTERIORES, ALIÁS FRAGILIZADOS COM A PRONÚNCIA EM-E, COMO ACONTEÇA EM MENISTRO. MODA DO TEMPO DAS IVASÕES FRANCEZAS, APRESENTA FORTÍSSIMOS VESTÍGIOS DA MESURA SOLENE CORTESÃ, PRÓPRIA DE SALÃO NOBRE.
 ETIMOLOGICAMENTE, GINGA/GINGA PROVÉM DO ALEMÃO  GIGEN = BALANÇAR CREIO QUE ESTÁ ESTABELECIDA A ASCENDÊNCIA PALACIANA DESTA DANÇA, SOBRETUDO SE FOR DANÇADA SEGUNDO A SUA ORIGEM E SIGNIFICADO: MENEAR AFECTADAMENTE O CORPO.
ESTE SIGNIFICADO SITUA-SE NO CAMPO SEMÂNTICO DE « baloiçar » INCLINAR-SE ORA PARA UM LADO ORA PARA O OUTRO. MAS, ATENÇÃO : A FALA REGIONAL TAMBÉM ASSOCIA GINGAR A « chalacear »  « caçoar ». 

MODA MUITISSIMO CURIOSA, BASICAMENTE DENTRO DE UMA CERTA TRADIÇÃO SOCIAL E HISTÓRICO-LITERÁRIA MEDIEVAL DA CONFIDÊNCIA COM AS AMIGAS ( que sempre compreendem a donzela ) (OU COM A MÃE QUE ÁS VEZES REPREENDE , COMO ACONTECIA AQUI, SE PARA AQUI A MÃE FOSSE CHAMADA). TEM COMO BASE MELÓDICA O BAILARICO ANTIGO, MAS O RITMO É MAIS ( desconjugado ).










TEM VÁRIOS NOMES. NA REGIÃO SALOIA : XOTIÇA, CHOUTICE, CHECOTE E ATÉ CHACOTA ( QUE ERA UMA DANÇA MEDIEVAL. A CHOUTIÇA É CONSIDERADA PELO OXFORD COMPANION TO MUSIC UMA ESPÉCIE DE POLCA ORIGEM CONTINENTAL, QUE NÃO DEVE SER CONFUNDIDA COM A ESCOCESSA. TRATA-SE DE UMA DANÇA QUE ENTROU EM INGLATERRA NOS MEADOS DO SÉCULO XX ( nome de polca alemã ).
CONTRADANÇA É, ESTÁ DOCUMENTADO, UMA DANÇA PROVENIENTE DE FRANÇA, MAS COM RAÍZES LINGUÍSTICAS DO OUTRO LADO DO CANAL.
CREIO, NO ENTANTO QUE GRANDE PARTE DAS DENOMINADAS CONTRADANÇAS, ASSOCIADAS ÁS MARCHAS POPULARES, TÊM UMA ORIGEM MENOS EUROPEIA E, ASSIM, TIPICAMENTE, JÁ QUE O NOME ( contradança ) DERIVA DO FACTO DE HAVER DUAS ( ou mais filas de pares, que no cortejo, ora caminhando lado a lado em marcha, ora se situam de costas, ora frente a frente, caminhando com reciprocidade ao encontro da outra fila, contra ela ) . ULTRAPASSANDO-SE MUTUAMENTE, ESTE FRENTE -A-FRENTE É A CARACTERÍSTICA- CHAVE DA CONTRADANÇA Á PORTUGUESA. SABE-SE QUE JÁ NOS PRÍNCIPIOS DO SÉCULO XYIII SE DANÇAVA A CONTRADANÇA . AINDA NO SÉCULO XYII , A CONTRADANÇA ATRAVESSOU O CANAL E O SEU NOME ORIGINAL, É COUNTRY DANCE, EVOLUIU PARA A CORRUPTELA CONTREDANSE EM FRANÇA E ENTRE NÓS FICOU CONTRADANÇA.

 A SUA ORIGEM  É RECENTE, DEVENDO ENCONTRAR-SE NAS DANÇAS DE IMPORTAÇÃO EUROPEIA QUE, NO SÉCULO PASSADO, TANTA CONHECERAM ENTRE NÓS, SEJA A POLCA COMO SUGERE TOMAZ RIBAS, SEJA, QUAL FOR  A SUA ORIGEM, O NOME CORRIDINHO, COM A SEU RITMO BINÁRIO, CONSAGROU-SE PARA UM DETERMINADO TIPO DE BAILE, QUE O POVO CONHECE E DESTINGUE DOS OUTROS, TALVEZ POR APRESENTAR OU  DE SER APRESENTADO UMA FASE QUE CONSISTIA NUMA CORRIDINHA, O CORRIDINHO É DANÇADO COM OS PARES SEMPRE AGARRADOS, FORMANDO UMA RODA, AO GIRAR DA RODA, OS PARES EVOLUEM, A CERTA ALTURA, QUANDO A MÚSICA REPICA, O BAILHO  É REBATIDO, ISTO É OS PÉS BATEM NO CHÃO COM MAIS VIGOR.  MUITO DIVULGADO PELOS RANCHOS FOLCLÓRICOS  ALGARVIOS , GRANDE PARTE DAS VEZES SOB FORMA AUTENTICIDADE E GOSTO DUVIDOSO, O CORRIDINHO NÃO É NEM O EX-LIBRIS ETNO-COREOGRÁFICO NEM UM EXCLUSIVO DESTA PROVÍNCIA. BEM AO INVÉS, VEMO-LO BAILADO PELO RESTANTE PAÍS, NO ALENTEJO, RIBATEJO E ESTREMADURA. 


ESTA CANTIGA, CANTADA POR INÚMEROS AGRUPAMENTOS POPULARES DE NORTE A SUL, ENCARA O PROBLEMA DO ALCOOLISMO DE FORMA LIGEIRA, SATÍRICA E BRINCALHONA.
  É POETICAMENTE MUITO BELO , NA SUA  APARENTE SIMPLICIDADE O CONTEÚDO DESTE POEMA, É UMA MENSAGEM DE FRUSTAÇÃO E DESILUSÃO, POIS O ESPINHO RESULTA DE SE GORAREM TODAS AS ESPERANÇAS DE ENCONTRAR NA METÁFORA DO ESPINHO, QUE  ( está no meu coração )... A FORMA DE FADO É ADEQUADO A ESSE DESALENTO INTIMISTA E FATALISTA.
O FANDANGO É UMA DANÇA DA ESTREMADURA, EMBORA SE TENHA TORNADO MAIS RELEVANTE OU VISÍVEL NO RIBATEJO. GERALMENTE É TOCADO EM TOM MAIOR ( existe outro com essa característica ), QUE LHE SUBLINHA OU ABRILHANTA O SAPATEADO E O EXIBICIONISMO FÍSICO-MOTOR, ENROLADO NA MÚSICA, QUE EM SI, TEM UM CARÁTER REPETITIVO, ITERATIVO.
O EXEMPLAR DESTA PÁGINA APROFUNDA AINDA MAIS TAL CARATER, DADO QUE JOGA COM ACORDES MENORES ( que originam um movimento fisicamente estonteante e , ao mesmo tempo, hipnotizador, sobretudo por estarmos em presença de um jogo de acordes de quarta, que acabam por funcionar na globalidade, como  « DIABOLUS IN MUSICA ». SERÁ CERTAMENTE IMPOSSIVEL GARANTIR QUAL A DANÇA MAIS DIVULGADA EM TERRAS DA ESTREMADURA, O QUE SE PODE DIZER É QUE O FANDANGO É A DANÇA QUE SE ENCONTRA COM MAIS FREQUÊNCIA, ONDE ESTÁ EM GRAVAÇÕES DE TRINTA E CINCO EXEMPLARES. NOS CONCELHOS DE : MAFRA, SINTRA, TORRES VEDRAS,CADAVAL, LOURINHÃ, PENICHE, CALDAS DA RAINHA, PORTO MÓS, ALCOBAÇA, SESIMBRA, LOURES E LEIRIA. NÃO SIGNIFICA QUE OS OUTROS CONCELHOS NÃO A TOQUEM , MAS NESTES CONCELHOS DE CERTO SEMPRE O TOCARAM. O FANDANGO ERA MUITO APRECIADO DESDE A NOBREZA AO POVO, O FANDANGO SUBSTITUIU COMPLETAMENTE O MINUETE, QUE GOZAVA DE GRANDE ACEITAÇÃO MAS QUE FOI CAINDO PROGRESSIVAMENTE NO ESQUECIMENTO A FAVOR DAQUELE, MAS SEM QUE ANTES HOUVESSEM VINGADO FORMAS HÍBRICAS, COMO O MINUETE AFANDANGADO NOS MEADOS DA CENTÚRIA, O GOSTO DOS SALOIOS PELO FANDANGO É TESTADO PELO MARQUÊS DA FRONTEIRA NAS SUAS MEMÓRIAS. E CONCRETAMENTE DA ZONA DE MAFRA, AS NOTICIAS JÁ DO FIM DO SÉCULO, SÃO NOS DADAS POR JOÃO FREIRE QUE COLOCA ENTRE AS DANÇAS PREFERIDAS NA REGIÃO SALOIA.
ALGUNS NOMES DADOS: FANDANGO , FANDANGO DA RONDA, FANDANGO CANTADO, PÁTIO DO FANDANGO ( em Montelavar )  E O FANDANGO DA LEZIRIA. 





OS SALOIOS APRENDIAM AS DANÇAS DOS SALÕES DA FIDALGUIA. NESTE CASO TROUXERAM PARA O SEU HABITAT UM  « picadinho »  ACOMPANHADO COM PALMAS, PULADINHO E COM O SAPATO A BATER NO CHÃO. MAS ESTE PICADINHO, NÃO É UM CORRIDINHO, PODE TRATAR-SE DE UM PASSO A QUATRO OU DE UM BICO E TACÃO.
MODA SIMILAR A OUTRA DESTE BLOG, INTITULADA POLCA E MAZURCA.
TEM RITMO DUPLO : DE VALSA, NO COMEÇO ( ternário )  E DE POLCA ( binário )  NA SEGUNDA PARTE.



MODAS TODAS ELAS PALECIANAS QUE NÃO SE CONHECEM LETRAS SÃO , MODAS SIMILARES A OUTRAS TANTAS INTITULADAS DE POLCAS E MAZURCAS , ESTAS VALSAS A DOIS TEMPOS , A QUATRO TEMPOS , OU VALSA A DOIS PASSOS. ESTA QUE FALO É UMA BELÍSSIMA VALSA EM TOM MENOR, MUITO TOCADA NA REGIÃO SALOIA. COM MUITAS VARIANTES NA  SUA DANÇA NA PRÓPRIA REGIÃO, TALVEZ DERIVADO DE ALTERAÇÕES QUE OS GRUPOS DE FOLCLORE TEEM FEITO.

UMA DAS MAIS TÍPICAS DANÇAS ESTREMENHAS, DO VERDE GAIO DIZ TOMAZ RIBAS QUE, EMBORA SEJA POPULAR NO NORTE, É NA REGIÃO ENTRE O LIS  E  O SADO QUE O BAILAM MELHOR E MAIS A PRIMOR.


VIRA MAIS CONHECIDO COMO CARACTERÍSTICO DO MINHO, O VIRA É TODAVIA TAMBÉM BAILADO EM MUITAS PROVÍNCIAS , ENTRE AS QUAIS A ESTREMADURA, ESTE VIRA É DANÇADO EM RODA E O RAPAZ ENTRELAÇA COM A RAPARIGA INDO DEPOIS BATER AO MEIO DANDO TRES PULOS E GRITANDO AO MESMO TEMPO , ( diziam os antigos que era para sobrepor á rapariga  outros ainda diziam que era para tirar o cansaço )
 







A DESFOLHADA DO MILHO REALIZA-SE NOS TELHEIROS E CELEIROS AOS SERÕES E QUEM ENCONTRASSE MILHO PRETO ( o milho rei ) PODIA BEIJAR AQUELE OU AQUELA QUE ESCOLHESSE.
PARA TORNAR A SENSAÇÃO DO ENCONTRO E DA BRINCADEIRA AINDA MAIS AGRADÁVEL, O TRABALHO ERA ACOMPANHADO COM CANTIGAS, COM RELEVO PARA AS DESGARRADAS ( DIÁLOGOS, DESPIQUES AO DESAFIO ), ENTRE RAPAZES E RAPARIGAS.
ESTA DESGARRADA ( e outras )  DOCUMENTAM BEM COMO ERA A APROXIMAÇÃO DO RAPAZ Á RAPARIGA, POR VEZES DE INICIATIVA ATREVIDA, DE QUE A RAPARIGA NÃO DESDENHAVA ( a isso se expunha, já que entrava na roda e, mais no despique ), MAS OUTRAS, UM POUCO BOÇAL E QUE MERECIA RESPOSTA CONTUNDENTE, TALVEZ NUM OU OUTRO CASO, SE TRATE DE UMA SONDAGEM AO JEITO DE AVERIGUAR A SEGURANÇA DE UM POSSIVEL FUTURO COMPROMISSO E ENLACE COM A RAPARIGA, PARA TODA A VIDA, POIS O DIVÓRCIO NUNCA ERA EQUACIONADO.




DE VÁRIAS RECOLHAS E CONSULTAS EM LIVROS HÁ DUAS VERSÕES PARA ESTA MODA APARENTEMENTE DE NOME FRANCÊS.
1º OS RAPAZES ESTAVAM ENCARGADOS DE FALAR ( contratar ) O TOCADOR, AS RAPARIGAS FAZIAM UMA PEDIDA ( colecta )  PARA OS TREMOÇOS DOS TOCADORES  E TREMOÇOS TAMBÉM SÃO SINÓNIMO DE BEBIDA... EM FRANCÊS, GORJETA É POURBOIRE, O QUE, COMO AGORA, ASSOCIA UMA BEBIDA, E NÃO SÓ DINHEIRO, AO ACTO DE GRATIFICAR UM SERVIÇO. E SE É VERDADE QUE TOCAR BAILAR E CANTAR SECA A GARGANTA ( A GORGE... ) A MODA GROGÊ ESTARÁ LIGADA A UM INTERVALO NO BAILARICO, TALVEZ ATÉ COMO UM SINAL OU CÓDIGO USADO PARA FAZER UM INTERVALO E MOLHAR A GARGANTA.
ETIMOLOGIAS RELACIONADAS COM GORGE : GURGA ( LATIM) = GARGANTA; GORGE ( FRANCÊS ) =  PESCOÇO ; GORJO ( PORTUGUÊS ) = GOELA, BOCA, GARGANTA.
2º A NÃO SER QUE GROGÊ ESTEJA ETIMOLOGICAMENTE CRUZADO COM GROG ( INGLÊS ), EM PORTUGUÊS GROGUE, BEBIDA FEITA COM AGUARDENTE, ÁGUA TÉPICA, AÇUCAR, CASCA DE LIMÃO , O DENOMINADO CHAMPANHE SALOIO É UM POUCO ISSO. ESTAR GROGUE ( PORTUGUÊS ) É ESTAR UM POUCO ÉBRIO, COM UM GRÃO NA ASA, GROGÊ PODE SER MUITO BEM A FORMA  FAMILIAR DE ( GROGUE ) USADA POR RAPAZES E RAPARIGAS EM ALGUM EXCESSO FESTIVO. MAS GROGÊ PODE SER MUITO BEM UM MEIO DE TRANSPORTE DE ANTIGAMENTE ( QUANDO ? ) BONITO, POTENTE E LIGEIRO DE QUE RAPARIGAS GOSTASSEM. NESTA MODA, PARECE DE TENTAR SEGUNDA HIPÓTESE, DAS QUE APRESENTO CONFORME DIZ A LETRA, ELA VAI DE RODA, UM POUCO GROGUE, ISTO É, COM UM GRÃO NA ASA, AMPARADA OU ATÉ EM CADEIRINHA, POR AMIGOS OU NAMORADO, ABRANÇANDO-O MUITO PUBLICAMENTE, E QUERENDO ENTRAR PARA CASA DELE, SEM MEDIR AS CONSEQUÊNCIAS...





 



O BAILARICO É DANÇADO PELO ALENTEJO, RIBATEJO, ALGARVE, E NA ESTREMADURA. O LUGAR QUE MAIS SE ENCONTRA É NA REGIÃO SALOIA, MESMO ENTRE OS ESTUDIOSOS DIZEM, DE QUE O BAILARICO É SALOIO.
A DANÇA DE RODA É SEGURAMENTE O TIPO COREOGRÁFICO MAIS DIFUNDIDO NA EUROPA E EM TODO O MUNDO  SUA SIMPLICIDADE CONTRIBUIU DECERTO PARA ISSO : OS DANÇADORES FORMAM UMA RODA, INTERCALANDO SEXO MASCULINO COM OS DO FEMENINO.


ESTA ERA UMA MODA SALOIA MUITO REQUESITADA NO ÂNGULO DAS PRAIAS DA LINHA DO ESTORIL E DE SINTRA, MAFRA QUANDO AS PESSOAS IAM Á PRAIA, EM GRUPOS, ONDE SE CANTAVAM  E DANÇAVAM AS MODINHAS DO TEMPO, A COREOGRAFIA É MUITO MIMÉTICA: QUANDO SE FALA NA TRANCA, NA ROUPA, NO VESTIDO E NA SAIA, O RAPAZ TOCA-LHE COM A MÃO , POIS A COREOGRAFIA PERMITE-LHE APROXIMAR-SE DA NAMORADA.






DE ORIGEM POLACA, A MAZURCA DIFUNDIU-SE ATÉ PORTUGAL DURANTE O SÉCULO XIX TAL COMO ALIÁS SUCEDE COM OUTRAS DANÇAS EUROPEIAS, A NIVEL POPULAR GANHOU O NOME DE ( valsa a dois passos )  OU (  moda a dois passos )  EM VIRTUDE  DA DANÇA COMEÇA COM DOIS PASSOS LATERAIS PARA A ESQUERDA, SEGUIDO DE OUTROS PARA A DIREITA, NA VERDADE A SUA COREOGRAFIA É PRATICAMENTE UNIFORME EM TODA A EUROPA : PARES AGARRADOS COLOCADOS EM RODA, COMEÇA POR DAR DOIS PASSOS LATERAIS SENTIDO DO INTERIOR DA RODA, REGRESSANDO LOGO Á POSIÇÃO INICIAL, DEPOIS OS PARES AFARRADOS VALSEIAM E VOLTAM AO INICIO, ATÉ ATINGIR O FIM DO TRECHO MUSICAL. 





 
  
Á MUITAS OUTRAS MODAS TOCADAS E CANTADAS NA REGIÃO SALOIA BELAS E BEM ANTIGAS .
TAMBÉM Á OUTRAS QUE JÁ FORAM FEITAS POR PESSOAS MAIS ABILIBIDOSAS E SÃO APRESENTADAS PELOS  RANCHOS DE FOLCLORE O QUE NÃO TEM VALOR ETNOGRAFICO E NÃO ABONA O NOME DO FOLCLORE MAS AS PESSOAS TEIMAM EM APRESENTA-LAS COMO ANTIGAS E EU TENHO PROVAS DISSO POIS TAMBÉM FIZ ALGUMAS E Á RANCHOS QUE AS DANÇAM E CANTAM E DIZEM QUE SÃO ANTIGAS, MAS EU APENAS TENHO 52 ANOS, COMO PODEM APRESENTA-LAS COMO ANTIGAS ? 
pautas retiradas do livro Cancioneiro Saloio de : Altino M. Cardoso  
musicas recolhidas em 1990 por : José Vidal Costa
escritas em musica por : Helder Santos
cedidas para este livro Cancioneiro Saloio com arranjos de Altino Cardoso
  

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