CINTRASEUPOVO

terça-feira, 20 de julho de 2010

BILHAS E CANTAROS

DESDE MUITO CEDO O HOMEM COMEÇOU A UTILIZAR O BARRO

UMA SALOIA A MATAR A SEDE PELO SEU PIPORRO

UMA DAS MINIATURAS ( BILHA DOS PEREGRINOS )


ENFUSA

CANTAROS
CANTAROS DE QUINTANA REDONDA

CANTAROS
BILHAS
NA REGIÃO SALOIA HAVIA MUITOS MODELOS DE VASILHAS PARA TRANSPORTE DE ÁGUA FICA AQUI OS MAIS ANTIGOS , ONDE TAMBÉM UTILIZAVA AS ANFURAS . A ARGILA, VULGARMENTE CONHECIDA PELO NOME DE BARRO, É UMA ROCHA MACIA, QUE , QUANDO MOLHADA, FORMA UMA PASTA ESCORGADIA E MOLDÁVEL. O BARRO É A MATÉRIA-PRIMA USADA NA INDÚSTRIA DA CERÂMICA.
BILHA  DE ÁGUA  DA REGIÃO DE MAFRA

SERVE PARA FABRICAR LOUÇAS FINAS E GROSSEIRAS, BILHAS, ALGUIDARES,TELHAS,TIJOLOS, ETC. A ARGILA PURA CHAMA-SE CAULINO E SERVE PARA FABRICAR AS LOUÇAS, CONHECIDAS PELO NOME PORCELANAS. E TAMBÉM ERA FEITO DESTE MATERIAL INSTRUMENTOS MÚSICAIS TAL COMO A OCARINA E PIFAROS.

ocarinas


ocarina



A CERÂMICA

A HISTÓRIA DA CERÂMICA

A cerâmica é o material que acompanha o homem há mais tempo. Quando saiu das cavernas e se tornou um agricultor, ele necessitava não apenas de um abrigo, como de vasilhas para armazenar a água, os alimentos colhidos e as sementes para a próxima safra. Tais vasilhas tinham que ser resistentes ao uso, impermeáveis a humidade e de fácil fabricação. Essas facilidades foram encontradas na argila.

A capacidade da argila de ser moldada quando misturada em proporção correta de água, e de endurecer após a queima, permitiu que ela fosse utilizada na construção de casas, de vasilhames para uso doméstico e armazenamento de alimentos, vinhos, óleos, perfumes, na construção de urnas funerárias e até como "papel" para escrita.

Todos esses inúmeros usos são importantes para a Arqueologia que estuda a história das civilizações baseada em fragmentos desses utensílios.

Os dutos cerâmicos foram utilizados a 4000 AC no antigo Egito e na Ilha de Creta, em obras de irrigação, drenagem, transporte de água e coleta de esgotos.

O Museu Britânico possui uma "manilha cerâmica" retirada de escavações realizadas na Pérsia com cerca de 4000 anos e que se encontra em perfeito estado de conservação.

Há cerca de 2000 anos, isto é, bem antes da descoberta do Brasil pelos portugueses, já existiam em nosso país populações que fabricavam cerâmicas, eram aldeias instaladas próximas a rios e ribeirões, vivendo da caça e pesca, cultivando determinadas plantas e capazes de manipular convenientemente o barro, produzindo uma gama variada de potes, baixelas e outros artefatos cerâmicos. O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, através de seu Setor de Arqueologia, desenvolve programas de prospecções e escavações em diversas regiões do Estado e delas emergem uma série de respostas cuja interpretação envolve o concurso de multidisciplinas.

A descoberta do fogo pelo homem foi o passo fundamental para o surgimento da cerâmica. Ele descobriu que o barro secava e endurecia após ficar exposto ao calor do fogo. Então, para suprir suas necessidades, como condicionar alimentos, água e sementes, o homem começou a moldar o barro com água e a queimar a peça no calor do fogo. Potes, vasos, ferramentas, casas...assim surgiu a cerâmica.
A palavra é de origem grega, "keramos", que significa louça de barro e é datada dos tempos pré-históricos. Já foram descobertos, por exemplos, utensílios de cerâmica com mais de seis mil anos de idade.

Registra-se no tempo a importância da arte cerâmica na vida dos povos. Para se ter uma idéia dessa importância, basta citar que, através da arte cerâmica, vários povos da antigüidade gravaram em placas de terracota (barro cozido) sua ciência, suas crenças, seus feitos épicos e suas histórias, cujo conhecimento, hoje, tem contribuído sobremaneira para o avanço tecnológico da humanidade. Por sua diversidade e constante evolução nos temas decorativos, a cerâmica é, ainda hoje, um eficaz meio de estudo das várias fases culturais dos povos.
É por meio da interpretação das cenas pintadas nos vasos, no tipo de argila utilizada e nas formas realizadas que tem sido possível reconstruir os aspectos da vida religiosa, artística, militar e até profissional dos nossos antepassados.

O estudo das técnicas de fabricação e decoração dos objetos de cerâmica é tido como o "alfabeto" de arqueólogos e historiadores, pois fornece base segura para a reconstrução de muitos aspectos da vida de antigas civilizações.

MULHERES NO EXÉRCITO FRANCÊS

As cantinières (numa tradução livre – aguadeiras), eram mulheres francesas a quem os regimentos davam uma autorização para a venda de comida e bebida, para além daquilo que eram as rações atribuídas a cada soldado. Tinham como única obrigação a de serem casadas com soldados do dito regimento.
A sua principal função era vender álcool, geralmente brandy de várias qualidades, que guardavam nos seus cantis pintados de azul, branco e vermelho e presos em bandoleira por uma correia de couro, onde estavam pendurados os copos de cobre ou latão, em que serviam a bebida. Também efectuavam outros serviços, como cozinhar, lavar e coser a roupa, recolher água e lenha para as fogueiras.
Não menos importante era o facto de constituírem uma muito necessária companhia feminina durante os longos meses das campanhas. Um dos mais famosos generais napoleónicos, Lasalle, chegou a dedicar-lhes uma canção nas vésperas da batalha de Marengo. Mas se por acaso se tornassem demasiado desordeiras, uma ordem do dia permitiria que os soldados pudessem pilhar os seus bens.
Muitas serviam até 30 anos no exército e se o respectivo marido fosse morto em combate, casavam com outro soldado para poderem manter a posição. Sobreviviam do salário do homem e dos ganhos com as vendas, mas os preços que podiam praticar eram obrigatoriamente baixos, sob pena de confiscação dos bens e não podiam vender a civis ou membros de outro regimento.
Não deixavam, elas próprias, de serem civis no exército e não tendo direito a uniforme, o garbo pessoal de cada mulher fazia com que envergassem uma mistura de vestidos de camponesa, com casacas militares e por vezes, o chamado bonet de police – o chapéu militar para ser usado nas folgas.
Os filhos surgiam naturalmente, os quais acompanhavam as mães durante as campanhas. Existem relatos de mulheres que seguiam os seus maridos no cativeiro, como foi o caso dos que foram aprisionados na ilha de Cabrera, em Espanha. Afinal, até na derrota sofriam as mesmas agruras, com os roubos, os ferimentos e as doenças, agravados pelas violações.
A sua coragem ficou demonstrada em diversos episódios, quando em plena batalha e a receberem fogo inimigo, corriam as fileiras dando de beber aos homens, carregando os mosquetes e não poucas vezes disparando-os. Há relatos de mulheres que chegaram a transportar os seus maridos feridos em grandes distâncias até chegarem a um hospital ou encontrarem uma ambulância.
Em 1807, na primeira invasão francesa, há testemunho de algumas que acompanharam os maridos na penosa marcha através de Espanha até à fronteira portuguesa.

A BILHA DOS PEREGRINOS

Não era uma bilha qualquer. Era uma bilha única pela qual toda a gente gostava de beber e um instrumento indissociável das jornadas de árduo trabalho do campo sob a inclemência de um sol abrasador. A água que brotava do seu seio arredondado era fresca e cristalina, porque fresca e cristalina era ela ao sair do próprio manancial e a bilha conservava todas essas qualidades acrescentando-lhe um indescritível sabor a barro recosido sabe-se lá em que olaria. Muito utilizada nas pergrinações ,por ser fácil de transportar e pela frescura que conservava . Esta bilha foi também fabricada em Mafra onde chegou a ser utilizada quando o convento estava a ser construido depois nunca mais se viu essa bilha , onde por vezes vimos umas miniaturas mas já de outro modelo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS ETNOLÓGICAS



A metodologia das ciências etnológicas --- portanto, neste caso, da etnografia e do folclore -- divide-se em dois tipos de trabalho : o trabalho de campo e o trabalho de gabinete.

Trabalho de campo :

Ao trabalho de campo também se dá os nomes de pesquisa e recolha . Assim, trabalho de campo, pesquisa ou recolha são uma só e a mesma coisa.

Que é , portanto, trabalho de campo ? É precisamente o trabalho de pesquisa e recolha de elementos que se efectua no campo de estudo.

Como é óbvio, de uma maneira geral, o campo de estudo de etnografia e do folclore situa-se nos pequenos aglomerados populacionais rurais afastados dos grandes centros. A população dos grandes centros vive, geralmente, dentro dos grandes padrões internacionais até porque a classe preponderante desses grandes centros é constituída pelas várias camadas da burguesia e sabe-se que, de certo modo, a mentalidade, os hábitos, gostos e maneiras de viver da burguesia seguem um padrão internacional. Em contrapartida, as populações dos pequenos aglomerados rurais mantêm mais arreigada a demoradamente os seus padrões de cultura.

Exemplifiquemos : a um estrangeiro que visite Portugal é muito mais fácil entender o Povo Portugês e os padrões de cultura nacional dos portugueses se observar, durante algum tempo, uma pequena vila ou aldeia, do que uma cidade como Lisboa ou o Porto. As capitais e as grandes cidades não são o único nem o melhor, documento humano e cultural de um paìs . Lisboa e outras grandes cidades portuguesas seguem, grosso modo, padrões de vida muito semelhantes aos das grandes cidades estrangeiras : as pessoas usam o mesmo tipo de vestuário, vivem no mesmo tipo de habitações, alimentam-se quase com o mesmo tipo de alimentos; usam o mesmo tipo de móveis, etc... Nas pequenas comunidades rurais tudo se passa de maneira diferente e as pessoas seguem mais de perto padrões tradicionais do país ou da região.

O princípio básico do trabalho de campo é saber ver, ouvir e reproduzir. Quer dizer que o pesquisador, o investigador de campo, tem de ser o mais objectivo possivel.

Em que consiste, pois , o trabalho de campo ? Consiste na pesquisa e recolha de elementos, dados, informações , objectos ( documentos ) de carácter etnológico.

Como se faz essa recolha ? através de inquéritos, conversas , pedidos de informações, etc... inquéritos, conversas, informações que terão de ser registados.

Outrora as informações e os elementos colhidos no trabalho de recolhas eram registados pela mera literária e pelo desenho do pesquisador. Hoje existem os métodos mecânicos, ou seja : a fotografia, o filme e a gravação. Contudo os métodos mecânicos não dispensaram o registo clássico : a descrição a até por vezes o desenho; não dispensaram, pelo menos, as notas pessoais e particulares do pesquisador. E não dispensam, sobretudo, a ficha que irá juntar-se nos elementos recolhidos.

Tomemos como exemplo o estudo de um traje regional: sem dúvida que obter uma ou várias fotografias a cores do traje é o ideal e é absolutamente necessário. Filmar o traje também é útil pois que o filme não só nos dá o aspecto do traje em andamento de quem o usa como também pode documentar pequenos pormenores: a saia, as calças, a blusa, a camisa, o chapéu, etc.... Estes pormenores também podem ser registados fotografando-os . Apesar disso, por vezes, nem a fotografia nem o filme reproduzem nos mais minuciosos aspectos, por exemplo, alguns bordados ou algumas aplicações dos trajes: o desenho, quando feito com habilidade, é muito mais esclarecedor. A fotografia é sempre , e em todos os casos, utilissima; hoje em dia é mesmo imprescindivel.

O filme é muito útil sobretudo pela noção de movimentos que nos dá. Por isso é imprescindivel no estudo de assuntos em que o movimento é o principal elemento: danças, práticas sociais colectivas, práticas de trabalho profissional, artesanato, etc...

A gravação é hoje imprescindivel no estudo das expressões musicais , orais , dialectais, etc... No entanto , todo o trabalho de registo mecânico, como disse, só é válido quando apoiado em notas que se vão colhendo e quando acompanhado da respectiva ficha descritiva... assunto sobre o qual tarde podemos falar.

Trabalho de gabinete --- o trabalho de gabinete é a natural sequência do trabalho de campo ou da recolha etnológica; é, portanto, o trabalho de organização, dos elementos e documentos, isto é, do material reunido na pesquisa ou recolha. Praticamente e em última análise, é o trabalho de elaboração de fichas e organização de arquivos.

Como vimos , para que a etnologia aplicada se torne válida é necessário prestar a maior atenção quer ao trabalho de campo , ou seja, à pesquisa e recolha, quer ao trabalho de gabinete, ou seja , á elaboração documental e organização do material recolhido durante a pesquisa e, finalmente, coordenar uma e outra das duas fases do trabalho em geral .

O que se poderá entender por ficha ?

Data em que a recolha é feita :

A localidade da recolha :

Entidade e identidade do colector :

Identidade do informador :

Aspectos gerais e observações :

Nome da peça recolhida :

Cada etnógrafo ou folclorista, elabora , de modo pessoal, a sua própria ficha , por isso aqui deixei uma pequena pista.


Eu pergunto quantos ranchos ou folcloristas fazem estes registos ?


terça-feira, 13 de julho de 2010

EM REPRESENTAÇÃO DE UM POVO



Cada terra tem seu uso, cada roca tem seu fuzo .

Quem estuda as tradições do nosso povo sabe que á muitos anos atrás , cada povo tinha maneiras diferentes de se trajar, maneiras de amanhar as suas terras, tinha a sua maneira de falar e de se pernunciar, enfim até por vezes na mesma região se nptava a diferença das nossas gentes.

Os bailhos nas eiras ou na casa da brincadêra , como também o cantar no trabalho , tudo isso era lindo essa tradição que hoje este povo esqueceu.

Hoje tudo está perdido, temos um povo sem tradições ou quaze sem tradições e daqui a pouco tempo , todas essas tradições estão acabadas.

Hoje em dia só alguns ranchos ou grupos de folclore mantem essas tradições tanto no cantar, trajar , bailar, fazer pregões ou outra etnografia para fazer lembrar os tempos dos nossos avós.


Mas :

Nem todos os ranchos ou grupos estão á altura para o fazer, porque não fazem recolhas ou pesquizas daquilo que foi o seu povo. E continuo a ver elementos de alguns ranchos ou grupos de folclore, comportarem-se de forma que nada abona o nome do folclore , continua-mos a ver elementos com apetrechos de brincar em vez de representar os verdadeiros e tamanhos originais , vendedeiras com frutas e legumes de plastico ou sem eles, trajos que mais parece trapos de esfregar o chão de uma taberna, trazem pulseiras da sorte , brincos de plastico, relógios de pulso , fios , aneis, pirsigs, até trazem telemóveis á e tambem se vê as meninas a fumar pois isto é demais para ser verdade eu pensava que os ranchos já tinham aprendido alguma coisa , mas vejo que me enganei.

Os ranchos ou grupos de folclore vão ficar de rastos se os próprios directores não tiverem a coragem de dizer basta e de impor regras dentro do próprio grupo. Mas também vejo que os directores e ensaiadores apresentam modas que foram feitas pelo rancho ou por algum abilidoso, deixam os elementos andarem com calçado que não é da época que estão a representar, enfim parece que o folclore está a ficar podre , só querem dar pulos no palco seja novo seja velho e por isso poucos o sabem fazer que é bailar bem e o saloio tinha vaidade em bailar bem . Mas vejo também que poucos teem pouca vontade de representar a etnografia em palco ou seja aquilo que era do nosso povo.

Eu pergunto que raio de gente é esta que nem respeita o nosso povo ?


O FOLCLORE E A ETNOGRAFIA É TÃO FÁCIL REPRESENTAR QUE OS RANCHOS COMPLICAM TUDO.